Aventura pelo Brasil 2015 – Chapada Diamantina – Parte 1 - Rio de Contas-BA

Começamos a incursionar pelo lado sudoeste da Chapada Diamantina, saindo de Brumado na segunda-feira, dia 06 de julho de 2015, ingressando pela BA148. 

Praça da Prefeitura em Brumado-BA

Cidade de Brumado, de porte médio, pouco planejada, embora tenha algumas iniciativas voltadas para o futuro.

No trecho até Livramento de Nossa Senhora, passa-se por Itaquarai e Dom Basílio. Nesta região, rica em minérios, se observa a exploração por grandes empresas especializadas.

Na planície até Livramento do Brumado, passa-se por propriedades rurais com produção de frutas e verduras. 

Depois da parada em Brumado, também necessária para

tirar o mofo de quase dois meses de chuva, seguimos 

viagem.

 Na BA148 até Livramento de N. Senhora, porta de

 entrada pelo lado Sudoeste da Chapada Diamantina.

Retas intermináveis, com plantações de manga irrigadas a

 perder de vista

Pomares de manga às margens da rodovia entre Brumado e Livramento de Nossa Senhora.

Comprando mangas fresquinhas em uma das várias tendas à beira da estrada.

Chegando em Livramento de Nossa Senhora. Avista-se a

 Serra das Almas e a cidade ao pé das montanhas.

A muvuca do centro em Livramento de Nossa Senhora.

Passando de Livramento de Nossa Senhora em direção a histórica Rio de Contas, subimos a Serra das Almas, onde em 7km passamos de 510 para 970m de altitude, descortinando num pitoresco lugar.

Portal do início da rodovia que vai a Rio de Contas, no início da serra.

Cachoeira do Brumado aparecendo no início da subida da Serra das Almas

Subindo a Serra das Almas, 7km de aclive acentuado, entre Livramento de Nossa Senhora e Rio de Contas.

A paisagem na subida da Serra das Almas é deslumbrante e vem emoldurada pela Cachoeira do Brumado, que pode ser vista de longe, deslizando na serra. 

A vazão da água da Cachoeira do Brumado é controlada pela abertura semanal das comportas da represa do Rio Brumado, que dali abastece os vários municípios da região, com água potável para a população e irrigação das plantações.

Quando a água é liberada, uma vez por semana, às

 quartas-feiras, a cachoeira do Brumado fica assim...

Percorremos a cidade de Rio de Contas em busca de um local para estacionar e acabamos ficando no estacionamento do Cardoso, no trevo de entrada da cidade, onde ficamos por 3 dias. Conversando com a vizinhança, conseguimos luz e abastecemos nosso tanque de água potável.

Estacionados no trevo de entrada de Rio de Contas, no estacionamento do Cardoso. Boa vizinhança e sossego.

Mapa de Vitória da Conquista, passando por Brumado, até Rio de Contas-BA

Mesmo com chuva persistente e temperatura baixa, conseguimos dar uns bons passeios.

Andando pelo interior da cidade conhecemos a Cachoeira dos Fraga, a Barragem do Rio Brumado, a Ponte do Coronel e as comunidades de Barra e Bananal, redutos quilombolas e a comunidade fechada de Mato Grosso, habitada por descendentes portugueses e considerada a vila mais alta do Nordeste, com 1.450m de altitude.

Rio de Contas abriga vários patrimônios naturais, entre

 eles, a Cachoeira dos Fraga, que fomos visitar...

Cachoeira dos Fraga, com várias quedas e área para banho

Outro ângulo da Cachoeira dos Fraga...

Uma grande represa no Rio Brumado, planejada para o uso

 racionalizado da água que abastece vários municípios da 

região, com água potável e irrigação.

Saída normal de água da represa do Rio Brumado

Nas andanças pelo interior acabamos conseguindo comprar bergamotas direto do produtor rural

Incursionando pelo interior de Rio de Contas

Ponte do Coronel

Casal voltando da roça e que mais tarde demos carona até a cidade.

Aspecto das moradias na localidade de Bananal - reduto quilombola.

Primeira casa da Vila Mato Grosso, localidade isolada de descendência portuguesa.
Em virtude da chuva e da precariedade da estrada, resolvemos retornar a partir dali.

Bela vista da região, na subida para a Vila Mato Grosso.

Fizemos boas caminhadas pela cidade, percorrendo seu belíssimo e bem preservado centro histórico.

Rio de Contas  foi criada pela família Real brasileira e, 1745 e é a primeira cidade planejada do Brasil e a mais antiga da região da Chapada Diamantina. O primeiro nome do lugar foi "Pouso dos Crioulos". A cidade mantém estre traço antigo, possuindo um dos três conjuntos arquitetônicos coloniais mais importantes e belos da Bahia. 

As suas casas e ruas de pedras são muito bem conservadas e passam um delicioso clima de aconchego e tranquilidade. A agenda cultural da cidade é ampla e diversificada, passando por circuitos de montainbike e carnaval de máscaras.

Rio de Contas já foi rota do ouro, através da Estrada Real (construída por escravos no período da colônia portuguesa). As histórias de riqueza e ruína, por conta do ouro, são contadas pela população.

Cidade planejada pela coroa portuguesa
.
Prédios centenários como a Igreja de Santana, toda em 

pedra, que não chegou a ser concluída porque antes de

 terminar a obra, a Lei Áurea foi promulgada. Portanto...o 

que vemos foi construído pelos escravos.

Ruas amplas, avenidas, espaços públicos, praças

 tudo planejado ha séculos, com calçamento de pedras que

 remonta ao período colonial

A cidade mais antiga da Chapada Diamantina e mais limpa

 da Bahia. 

Antigo prédio da Casa Câmara e Cadeia...

... detalhes das aberturas da Casa Câmara e Cadeia. Prédio fechado para visitação.

A limpeza da ruas, pessoas cuidando dos jardins públicos e casario preservado.

Prédio da Secretaria da Saúde do município.... mantidos os detalhes dos arabescos

Prédio da Lira dos Artistas, local de encontros culturais

Prefeitura Municipal e Câmara de Vereadores

Prédio de Hotel da cidade, enfeitado para os festejos de São João 

Banco do Brasil instalado em um prédio histórico, na praça central. 

Foto panorâmica do Largo do Rosário

Mais de 400 prédios tombados pelo IPHAN. Largo do

 Rosário, concentra o maior número deste conjunto

 arquitetônico.

Mais um exemplar de prédio tombado, mantidos os detalhes da arquitetura da época.

Fachada do prédio do "Teatro São Carlos", datado de 1892, um dos primeiros teatros do Brasil, marcando a riqueza da época. 

Ruelas de pedra, passagem de pedestres.

Marca da cidade: Limpeza das ruas e prédios bem cuidados.

A beleza dos detalhes dos arabescos das fachadas

Homenagem da cidade aos bandeirantes, que por ali passaram.

Igreja matriz do Santíssimo Sacramento. Fechada para visitas.

Cuidado com os detalhes arquitetônicos e a composição do ambiente.

Correios instalados em um prédio histórico.

Hotel instalado em um prédio histórico.

Deixando a pacata e acolhedora Rio de Contas e partindo para Abaíra, nossa próxima parada.

Este é o mapa de toda nossa viagem pela Chapada Diamantina. 
Para melhor entendimento, estaremos agregando informações a cada etapa percorrida.
Rio de Contas foi a Etapa nr 1.